segunda-feira, 17 de março de 2008

Ontem eu passei por uma situação extremamente incômoda, chamada bloqueio criativo. Esse termo é usado por pessoas que só sabem reclamar e arranjam mil desculpas para consumir álcool (eu não acredito nisso).
Acordei às 15h, porque era domingo e eu não sou obrigado a existir. Também não sou obrigado a acordar com torcicolo, mas foi inevitável. Tomei alguns Dorflex durante o dia, massageei meu pescoço e evitei ao máximo me mover. Desde o momento em que eu acordei, entre os Dorflex e as massagens, comecei a pensar nessa maldita questão que eu precisava responder. Obviamente, Murphy estava lá, sentadinho no meu ombro.
Peguei o texto, li e reli. Peguei a questão, li e reli. Entendi tudo, não tive problema nenhum, afinal, eu sabia responder. Era uma questão relativamente fácil relacionada a um texto bem fácil. Me enganei. Não era fácil responder essa questão, principalmente porque eu só conseguia pensar em agradar a pessoa que faria a correção.
Deu meia-noite, eu resolvi dormir. A questão estava pronta e eu já não tinha mais forças para mudar qualquer palavra. Mais uma vez, estava enganado. Assim que eu deitei, comecei a pensar nessa questão e no quanto foi difícil respondê-la. Cinco minutos depois, o computador estava novamente ligado porque eu precisava fazer algumas modificações. Fui deitar novamente depois de 2 horas.
O resultado disso tudo eu terei dentro de alguns dias, mas já estou antecipando minha decepção. Passei um dia todo tentando desenvolver UMA questão, dormi durante 3 horas à noite e agora decidi que hoje vou escrever o máximo que eu puder. Essa sensação de incapacidade acabou comigo, mas hoje vai ser diferente.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Hoje eu fui arrumar cozinha e, como sempre, a pia estava uma bagunça. Tinha um frango descongelando dentro de uma vasilha. Muito calmo, peguei essa vasilha e coloquei numa mesa para conseguir lavar minhas vasilhas em paz. Claro que algo tinha que acontecer! A vasilha maldita virou e toda aquela água de frango congelado caiu na mesa e molhou tudo o que estava lá.

Com muita calma, reergui a vasilha, peguei um pano e passei na mesa. Limpei cada ítem molhado (de água de frango) e, enquanto fazia isso, comecei a conversar comigo mesmo. Em voz alta. Descobri que isso me ajuda. Eu FINJO que não estou com muita vontade de jogar o frango na puta que pariu, FINJO que não quero dar aquela água de frango na boca do meu vizinho mais chato e FINJO que não vou quebrar a mesa para nunca mais ser utilizada. E isso me alivia. É quase uma terapia.

Só não me peça para varrer.

sábado, 5 de janeiro de 2008

Eu sou daquele tipo de pessoa que faz de tudo para não se atrasar. Acordo muito mais cedo, tomo banho com três horas de antecedência, arrumo tudo que eu preciso bem antes de sair e etc. Acontece que todas as vezes eu me atraso. Nunca consegui entender isso. Posso sair de casa com três horas de antecedência, mas alguma coisa vai acontecer no caminho e eu vou me atrasar. O ônibus vai bater e eu vou ficar encalhado num ponto muito morto da cidade durante muitas horas ou o trânsito vai estar caótico (num horário bem nada a ver, tipo domingo às 15h) ou eu vou ser abduzido e depois serei entregue no interior do Pará.

Me deu vontade de falar sobre isso agora porque uma pessoa não consegue entender como eu não vou conseguir ficar pronto às 18h, sendo que eu só tenho uma cozinha para arrumar. Tão fácil de entender: Murphy mora aqui, no meu ombro. Ele me acompanha em todos os lugares que eu vou, sem exceção.

Por isso, essa é a minha dica: se eu me atrasar para algum compromisso, não fique bravo(a) comigo. Entenda o meu lado.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008


Ô, gente! Como é que eu fui esquecer de colocar o Barril de 5 Litros de Heineken na minha wishlist? Absurdo!

Anyway... para comprar um desses para mim, basta clicar aqui.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Descobri recentemente que wishlist é uma das coisas mais divertidas de se fazer na internet. O natal já passou e meu aniversário está bem longe, mas eu acho que todo dia é dia de ganhar presente. Portanto, sintam-se à vontade para me presentear com qualquer um dos ítens abaixo.

1. DVDs


1.1. Seriados

Ally McBeal - 1ª Temporada (5 DVDs)

Caixa F.R.I.E.N.D.S. 10 Anos - 1ª a 10ª Temporada (40 DVDs)

Os Normais - As Gargalhadas que Faltavam (6 DVDs)

Will & Grace - 2ª Temporada (3 DVDs)


1.2. Filmes


Antes do Amanhecer

Antes do Pôr-do-Sol

Hora de Voltar

Minha Vida Sem Mim

O Silêncio dos Inocentes


1.3. Shows

Björk - MTV Unplugged & MTV Live

Jamiroquai - Live In Verona


1.4. Clipes

Basement Jaxx - The Videos


2. Livros

Mentes Inquietas - Ana Beatriz B. Silva

Tudo que você não soube - Fernanda Young


A lista ficou bastante incompleta, mas eu prometo que vou adicionar mais alguns produtos depois. Dessa forma, vocês terão mais opções. Aliás, eu pesquisei o melhor preço de cada produto.

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

É impressionante como eu tenho vontades estranhas. Estava deitado na minha cama, preparado para dormir, quando de repente me bateu uma vontade esquisita de escrever sobre o compartilhamento de uma cama. Daí eu percebi que não era tão sem sentido assim, já que eu estava deitado na minha cama naquele momento e que eu passei uma noite sem dormir por não saber compartilhar uma cama.

A história é a seguinte: três pessoas estavam deitadas num colchão, eu era uma delas. Eu não tinha nenhuma pretensão de dormir naquele momento. Na verdade, eu queria mesmo era dançar as minhas músicas. Infelizmente, as pessoas que estavam do meu lado já tinham dado game over. Como sou uma pessoa muito compreensiva, me contentei em balançar o corpo deitado no colchão mesmo.

Uma das pessoas que estava deitada comigo resolveu TIRAR a calça. É, ela ficou de calcinha do meu lado. Provavelmente ela tinha um bom motivo para fazer isso, quem sou eu para qüestionar? Só que o motivo era o álcool. Como não sou obrigado a ficar do lado de uma pessoa que simplesmente tira a calça, decidi dividir uma cama com a outra pessoa que estava deitada no colchão.

Um parênteses: éramos quatro - a outra pessoa ainda não tinha chegado - e tínhamos duas camas e um colchão à nossa disposição.

Nunca fui disso, mas acho que eu estava com um espírito bom aquele dia. Um daqueles espíritos que te permite tentar, sabe? Tentar dividir uma cama, inclusive.

Deitei na cama e fiquei quieto (esmagado, obviamente). Dentro de pouco tempo, uma perna e um braço simplesmente passaram por cima de mim. 'Sério, o que é isso? Por que isso?', pensei. 'Respira, você é legal e você vai aprender a dividir uma cama. Com pessoas que abraçam para dormir, com pessoas que não ultrapassam nenhum limite. Enfim, você vai aprender', pensei de novo. Não, não. Você não vai aprender, sabe por quê? Você vai passar a noite toda sem dormir, por isso.

E foi exatamente isso que aconteceu. Enquanto eu estava deitado naquela cama, com uma pessoa abraçada comigo, eu não consegui dormir. Eu durmo em pé num ônibus, durmo sentado no canto de um show de black metal, mas não durmo deitado numa cama abraçado com uma pessoa. E, honestamente, não consigo imaginar como uma pessoa consegue dormir nessa situação.

A verdade é que eu não sei compartilhar o meu sono. Sinto que, deitado dessa forma, eu preciso dividir meu sono, afinal, estamos muito juntos. Eu sou muito egoísta, o sono é meu. E eu espero sinceramente que as pessoas possam entender isso, porque enquanto eu durmo, eu sou feliz.